sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Villa Lobos

Villa-Lobos

Reprodução
O músico Villa-Lobos
Figura incontestável da história da musica brasileira, o compositor Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de março de 1887.
Perdeu o pai ainda jovem e, por causa disso, sua mãe, dona Noêmia, teve de trabalhar duro para sustentar a família. A drástica mudança de uma vida estável para uma vida difícil deu a Villa-Lobos uma grande liberdade. Tratou de aproximar-se de seu ídolos, os "chorões", músicos que tocavam chorinho no Rio. Pagava-lhes, sempre que podia, uma dose de pinga, que era financiada por meio da venda dos livros da biblioteca de seu falecido pai.
Durante sua mocidade, Villa-Lobos conheceu e tornou-se grande amigo do pianista polonês Arthur Rubinstein. Os dois encontraram-se pela primeira vez em um Carnaval. Rubinstein, vestido de mulher, fez amizade com Villa-Lobos, que enrolara uma cobra de verdade no pescoço, e foram, os dois, brincar o carnaval. Acabaram na delegacia de polícia.
Como dona Noêmia não abria mão de ver seu filho no curso de medicina, Villa-Lobos acabou se matriculando no curso de preparação para o exame vestibular de medicina, obedecendo as vontades de sua mãe. Porém, o jovem, acompanhado da sabedoria que seus 16 anos de vida lhe garantiam, não queria aquela história para sua vida. Fugiu de casa e foi refugiar-se na casa da tia Fifina, para ter maior liberdade para frequentar os chorões e tocar em pequenas orquestras.
Villa-Lobos fez isso dos 18 aos 26 anos. Viajou pelo Brasil se apresentando como músico e teve um contato cada vez mais intenso com o folclore brasileiro. É nesse período que compôs "Amazonas" e "Uirapuru".
Depois desse período de andanças pelo Brasil, Villa-Lobos retorna ao Rio, em 1913, e sua obra começa a avolumar-se com as composições de "Cânticos Sertanejos", "Brinquedo de Roda", "Sonata Fantasia nº 1" e as óperas "Aglaia" e "Elisa".
O passo seguinte na carreira de Villa-Lobos foi a sua importante atuação na Semana de Arte Moderna de 22, em que promoveu as primeiras apresentações de suas obras. Apresentou, no dia 13 de fevereiro, a "Segunda Sonata", o "Segundo Trio" e a "Valsa Mística", o "Rondante", "A Fiandeira" e "Danças Africanas". No dia 15, "O Ginete do Pierrozinho", "Festim Pagão", "Solidão", "Cascavel" e "Terceiro Quarteto". No dia 17, "Terceiro Trio", "Historietas", "Segunda Sonata", "Camponesa cantadeira" e "Num Berço Encantado".
Em 30 de junho de 1923, Villa-Lobos embarcou no navio francês Croix, deixando o Rio com destino à Europa. Sua viagem não foi para estudar ou aperfeiçoar-se, mas para exibir o que já havia produzido. Não agiu como a maioria do brasileiros, que voltam vaidosos de seus estudos. Villa-Lobos chegou à Europa com a cabeça feita e se impôs em menos de um ano. Nenhum outro autor estrangeiro vindo de um país como o Brasil daquela época teve tanto sucesso em Paris como Villa-Lobos.
Ao voltar ao Brasil, em 1930, Villa-Lobos já era um músico em plena maturidade, consciente de seu valor e autor de uma bagagem equivalente à produção total de muitos artistas. Nesse mesmo ano, fez uma turnê pelo país, percorrendo 66 cidades, além de ter organizado a Cruzada do Canto Orfeônico, no Rio.
Nos anos seguintes, teve uma importante atividade como educador e divulgador musical. Uma de suas contribuições foi a criação da Orquestra Villa-Lobos. Foi também Secretário da Educação Musical no governo Getúlio Vargas e tornou obrigatório o ensino de música nas escolas.
Em 1945, Villa-Lobos, criou, no Rio, a Academia Brasileira de Música e foi seu primeiro presidente. Dois anos depois, é convidado para ir aos EUA, afim de escrever, junto com os libretistas Forrest e Wright, a opereta Magdalena.
Morreu em 17 de novembro de 1959, no Rio, vítima de uma crise de uremia viria

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2002/semanadeartemoderna80/personalidades-villa_lobos.shtml
do Banco de Dados

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